Thursday, September 18, 2008

Ayurveda



Ayurveda é uma ciência médica que surgiu na Índia há cerca de 5 mil anos o que faz dela uma dos sistemas medicinais mais antigos da humanidade. Em sânscrito significa ciência da vida. O que de mais estranho retiro desta frase é a minha falta de conhecimento desta prática como aluna de medicina durante 6 anos numa Universidade Portuguesa. Seremos tão pretensiosos que esquecemos as culturas passadas?

Baseia-se nos 5 elementos de que toda a matéria e seres vivos que existem no Universo provêm, e na influência deles em nós através dos Doshas: Vata, Pitta e kapha.

Todos possuímos os três Doshas, mas em diferentes proporções, definidas no momento da concepção, geralmente com a predominância de um deles.

Os cinco elementos são reconhecidos nas lindas bandeiras Tibetanas que trouxe de viagem.
Amarela - Éter
Branca – Ar
Vermelha - Fogo
Água – Verde
Terra – Amarela

Muito para além da sua beleza cheia de dizeres em sânscrito que não entendo está a base da Ayurveda.

Quando algum desses 5 elementos está em desequilíbrio inicia-se o processo de doença.
Para a Ayurveda a doença inicia-se muito antes de chegar à fase em que ela finalmente pode ser percebida e corrige-se nessa fase segundo o Dosha de cada um e o seu desequilíbrio.

As massagens (uma das mais completas técnicas naturais para restabelecer o equilíbrio físico e psíquico, reconhecida pela OMS - Organização Mundial de Saúde) e a alimentação, para além de chás e óleos e outras mezinhas, são a sua arte.

Eu sou Vata, sem ainda bem saber o que isso significa.

Yoga


Fui para a natação aos 3 anos… não queria.
Hoje nado 1000 metros de olhos postos na risca azul no fundo da piscina.
O som da água quando mergulho isola-me do caos. São momentos de plenitude.
Passaram 32 anos. Fui convencida a ir ao Yoga. Não sei bem se queria.
A experiência… nem consigo descrever ou não quero.
Só lá… de pernas cruzadas para Shiva Nataraja… se entende essa prática meio mágica.
Um dia vou ficar em perfeita harmonia com o meu corpo. E serão mais momentos de plenitude.

Sunday, September 07, 2008

Branco, verde e azul



São imagens que retenho. E sons. Pensamentos leves, ainda muitos mas leves e um de cada vez.
O branco e as plantas de caule fino e cumprido.
Lençóis brancos.
E o verde dos jardins. A erva pica-me mas são momentos.
E ruas de paralelos e casas de varandinhas de ferro, azuis claras.
Portadas verdes escuras repletas de grafitis.
Imagens que sinto. E sons.
O branco, o banco de ripas de madeira ou o muro cinzento.
Antenas de televisão que pensei já não existirem.
Sons longínquos. Pensamentos que se atravessam, rapidamente perdidos entre o som das folhagens.
Jardins de relva com sombra e com gentes que usufrui, que sente a relva picar.
Os Jerónimos de pedra branca e o rio azul, como o céu também azul. E os teus olhos azuis, ainda mais azuis.
Ruas escuras, outra vez de paralelos e mais varandinhas de ferro.
E lençóis brancos, como a tua pele branca que faz a minha parecer escura.
Imagens de sensações. Sons distantes aos quais me dou tempo para ouvir. Pensamentos passados que se distanciam… e dão lugar aos sons e à tua voz.