FESTIVAL
Estou
quente mas uma brisa lembra-me que fiz bem vestir-me como se fosse para as montanhas.
Assim
o vento só me toca na pele queimada e ainda assim dói.
Como
é que é possível nunca teres ido a um festival?
O
sol está a pôr-se lentamente lá para trás dos arbustos e dos montes de relva, a
esta hora cheios de gente deitada e reclinada.
E
não há enchentes de gentes.
Então
eu flutuo. É neste momento que tento memorizar e não consigo.
Tudo
flutua, a beleza é incomparável, sinto-me feliz e sinto-me viva.
Sinto
toda a subtileza à minha volta.
Sinto-te
a ti e tu ainda nem chegaste.
Sinto
tudo que me envolve como se me fundisse com a envolvência.
Sinto-me
feliz.
Sei
que não vai durar muito mas sinto-me feliz.
Cada
nota toca-me e cada bocado de mim
estremece.
Eu
flutuo por cima de mim.
Sou
muito mais do que só eu.
Sou
tudo o que me rodeia.
Blur.
Não
há muito mais a dizer.
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