Monday, May 02, 2011

A graça do amor



Amor gasta-se
Começa a arranhar
Perde a suavidade das palavras
E do respirar.
Precisa ser regado.

Amor não é paixão, porque dura até morrer
Porque dura imensamente.
Imensamente.
A paixão mata, afoga, desgasta o silêncio.
Arranha até sangrar,
Mata.

Qualquer amor que não arranhe e respire.
Ou qualquer paixão que não mate e não afoge.
Vou ao espelho e olho para mim e adoro-me mais uma vez como quase sempre que me olho ao espelho.
E estou com o teu casaco que me é enorme mas como me adoro até o teu casaco enorme me fica bem.

Enfim… Quantas vezes te olhas ao espelho e te adoras?
Qual realidade que aparece com a agua que as tuas mãos te atiram à cara cruelmente de manhã.

Quando a lua mágica cai.
Olhar de desafio, desafio a ti, a mim que sou tu.
Sensual, a mim e a ti, mais a mim.
Olha-te ao espelho e diz-me se não te adoras.
Ou os meus olhos.. a esses amo-os.

Ou muito mais… vejo-me linda como um dia, naquele espelho em Pushkar.
E ver-me linda depende absolutamente só de mim.
Somos só nós, cheias de luz. E tu reages a mim… como eu quero.
Isto tudo porque está lua cheia E PORQUE A RELVA TEM cheiro quando se arranca do chão.