Sri Lanka

Sri Lanka ou Ceilão.
Não vejo a hora de respirar Ásia.
De sair num aeroporto qualquer, erguer a cabeça e sentir-me em casa.
Sofrer um bocado com a mochila e pôr as botas que nunca foram calçadas em Portugal.
De me enfiar num autocarro cheio de gente rumo a um qualquer lugar.
De carregar com a máquina fotográfica como se fosse um filho.
De escrever, escrever e escrever.
E de sentir, sentir e sentir.
De ver sinais com uma letra estranhamente bonita e de não perceber nada com um sorriso.
De beber chá ao almoço e ao jantar. E comer comida invariavelmente vermelha e picante.
Perder-me em mercados e templos e subir montanhas para encontrar não sei bem o quê.
Andar, andar e andar até os meus pés ficarem castanhos.
Perder o verniz das unhas e cantar no meio da rua.
Eventualmente pedir a bênção a um monge que por mim passe ou que por qualquer acaso eu procure.
Não vejo a hora de te ir buscar ao aeroporto e contar-te tudo o que vivi e de poder viver ainda mais contigo.