Wednesday, February 11, 2009

Ardhanarishwara



É um objecto caro o pequeno coliseu sofisticado em forma de folha de lótus, o mais caro. Mas é o que em conjunto com as bolas de natal cor de laranja mais brilha.

Reflecte a inconstância da luz das velas. Estas estão altas e são compridas, prolongam a beleza de castiçais de prata do século passado, uma prenda da minha mãe.

Tudo sobre panos amarelos e vermelhos e alanranjados com dizeres em sânscrito.

Ardhanarishwara é a quem rezo, é quem repousa no coliseu. Pedra sabão cinzenta que de perto tem umas fugazes tonalidades rosa, que eu pensava ser mármore de Varanasi. Shiva e Parvati como um só, em plena harmonia. Traços bem defenidos, de frente e verso.

Rodeiam-na, à estátua, os deuses da Trimutri e suas consortes e alguns ganeshas. Um Buda para defender os dizeres do pano budista amarelo. Minúsculos, de cobre, que só com atenção se identificam. E flores Hindus laranjas vindas de Delhi e já secas mas ainda laranjas.

O potezinho cor de bronze, não muito bonito, com água do Ganges representa o elemento água, ou o Ganges amparado pela cabeça de Shiva, ou Varanasi, ou apenas mais uma oferenda sagrada.

Mas é um templo completo.

Os postais com rebordos prateados, a rondar o piroso, imagens de Ganesh e da família de Shiva e Parvati e as pedras da minha astrologia, mais a do amor, em veneração a Ardhanarishwara. A pulseira do Ganeshinha benzida no templo Dourando e medalhas e moedas hindus. Uma latinha de kajel para o proteger, ao Ganeshinha. Um lingam claro, que devia estar coberto de leite. E obviamente arroz.
A rudraksha de Shiva e Parvati, a das duas faces, a do amor, e uma embalagem de papel revestido de plástico transparente, por ainda não estar aberta, com o pó vermelho para o Tilak.

Podia ter mais e mais, mas perderia o equilibrio
Um templo ao amor.

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