Saturday, February 26, 2011

Leipzig

(sem fotografia)

São edifícios enormes, tipo bairros sociais mas muito maiores. Tudo castanho, como se fosse cinzento. Ao perto, vê-se uma lâmpada pendurada no tecto, com os fios desalinhados, cortinas rendadas já esburacadas... mais nada. A entrada tem um ecoponto no meio caminho para a porta principal, já dentro do condomínio e os jardins frontais estão abandonados em total degredo. Grafitis nas paredes.

Outros edifícios, os que não são iguais aos paralelos, os poucos únicos na sua arquitectura, estão abandonados... ou não... ocupados, mas não se vê ocupação. Janelas com tijolos de cimento, mais grafitis. Mas fumo numa chaminé e dezenas de antenas. Sinais de vida humana.

Isto são os arredores onde me perdi. As pessoas são igualmente frias. No fundo está mesmo frio. Seria impensável cantar. Seria impensável parar para te falar.

Mas o chão está limpo. Como uma pobreza limpa.
E atenção… isto são os arredores. Quais arredores não seriam semelhantes.

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