Tuesday, May 13, 2008

Estados de espírito


Estados de espírito não se controlam.
Aproveitam-se… os dias em que tudo é lindo e até o mais imbecil é simpático.
Dias em que se repara no verde da relva dos separadores da estrada.
Sinto o sol a aquecer a minha pele, quase a queimá-la de tanto o sentir.
O rio é o mais lindo.
E deixa de haver pressa para qualquer momento… vivem-se deliciosamente lentos.
Estados de espírito que se fossem comprados em pastilhas seriam drogas melhores que LSD.
O Mundo altera-se… ou não se altera… alteram-se os nossos sentidos.
A chuva bate-me e não me desperta. Faz-me sentir a minha pele e sentir-me sem vontade de me proteger.
Os prédios não os vejo sujos mas com desenhos do tempo.
Os cães não são vadios mas filhos do Mundo.
Estados de espírito que nos fazem flutuar.
E não sentimos os pés no chão… ou porque eles não o tocam ou porque sentimos muito para além disso. Quando tudo é adoravelmente leve. Como se as pétalas caíssem em câmara lenta. E os nossos olhos vissem todas as suas curvas ao cair sem nunca as ver no chão… porque este não existe.
Estados de espírito, imensos, constroem, destroem, arrancam-nos de um torpor que se tenta instalar.... estados de sobrevivência da Espécie.
E destroem… se deixarmos. Mas são longínquos esses, tão longe estão.
Quando entramos em sintonia… com esses estados de espírito… a Vida quase alcança a perfeição. Flúi como deve fluir… surge como deve surgir… acorda-nos para Ela e obriga-nos a sorrir. E nem notamos que nunca foi assim.
Estados de espírito de tranquilidade e de amor. Aproveitam-se… sem preocupação que fujam. Sem preocupação que não voltem a existir… parecem eternos e assim se sentem.
Lindos onde tudo é lindo. Onde os medos se afogam em flores e carícias.
O Mundo é o mesmo e a Vida é a mesma. Mas mais linda… muito mais linda, mais tranquila, sem receio do Mundo… essa coisa de definição difícil que engloba tudo.
Estados de espírito que podem ser raros e não se podem perder. Que nos fazem arregalar os olhos, abrir os braços ao céu e sorrir… ou até rir. Ou até mesmo rir. E aí não podemos parar porque é bom demais.

4 Comments:

Blogger era uma vez... said...

Depois da tempestade vem a bonanza.

2:23 AM  
Anonymous Anonymous said...

E o mundo já ali, a teus pés. Um beijo grande, para ti e para esse novo mundo. micaela

3:35 AM  
Anonymous Anonymous said...

eu gosto de te ver feliz.........

6:55 AM  
Anonymous Anonymous said...

os 3 kgs são de felicidade? venhas mais 3! Tás linda com esse ar apaixonado...... Beijos da is

6:57 AM  

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